Laboratório de Jornalismo

Notícia (redigida a 29/05/2011)


Concurso sobre matemática anima jovens transmontanos

No próximo dia 4 de Julho, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro vai ser palco da 8.ª edição do concurso matUTAD. Cerca de 1300 alunos do 3.º ciclo do ensino básico de várias escolas da região norte do país terão oportunidade de por à prova os seus conhecimentos em matemática.

6.ª edição matUTAD. (Fotografia: CiênciaHoje)
Neste dia, a matemática vai estar no centro das atividades. Tiago Azevedo frequenta o 8.º ano na Escola Secundária de Valpaços, distrito de Vila Real, e afirma que este concurso inter-escolas "ajuda a gostar de matemática e a fazer exercícios de uma forma divertida". Participante do concurso pelo 2.º ano consecutivo, Tiago releva que a matemática "não é das suas disciplinas favoritas" mas que considera o concurso "engraçado". 

Desde a 1.ª edição que o jogo implementado pelo Departamento de Matemática da academia é um sucesso, atraindo mais alunos edição após edição. Acompanhados pelos professores, virão de várias localidades pertencentes aos distritos de Vila Real, Porto, Bragança, Braga e Viseu para disputar um jogo online totalmente dedicado à disciplina mais temida pela maioria dos alunos portugueses. No final do concurso, as três melhores equipas de cada ano de escolaridade serão premiadas, bem como a escola com maior número de equipas participantes. 
Símbolo do concurso matUTAD

Além do jogo online, são várias as atividades ao dispor dos visitantes. Os alunos terão oportunidade de visitar o Museu de Geologia da academia transmontana, bem como participar em diversas atividades desportivas, a cargo do Departamento de Ciências do Desporto, Exercício e Saúde. Neste âmbito, são os alunos finalistas da Licenciatura em Educação Física e Desporto Escolar os responsáveis por toda a organização. Divididos em equipas, os amantes de matemática poderão praticar vários desportos que irão do futebol ao rugby. Filipe Costa salienta o seu contentamento "por ter oportunidade de ajudar a planear um evento para tantos jovens". Finalista da referida licenciatura, encara este desafio como "uma forma de praticar a relação com os jovens deste grau de ensino", preparando-o para o seu futuro como professor de Educação Física.

No final, todos os participantes do matUTAD disfrutarão de um piquenique ao ar livre no Jardim Botânico da universidade, num dia que se espera cheio de animação e diversão

O matUTAD é um jogo de computador online desenvolvido pelo Departamento de Matemática da UTAD para os alunos do 7.º ao 9.º ano de escolaridade Este projeto teve início em 2003 e conta atualmente com várias parceiras dentro da academia, nomeadamente com os Departamentos de Geologia, Desporto e Informática, oferecendo aos participantes uma maior variedade de atividades aquando da sua visita ao campus universitário.

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Notícia (redigida a 29/05/2011)


Equipa da UTAD TV diverte-se longe das câmaras


A equipa de produção do canal televisivo online UTAD TV organizou um jantar, no passado dia 26, onde reuniu antigos e atuais colaboradores. O restaurante Dominus, em Vila Real, foi o palco desta iniciativa.

Pivot's, jornalistas, operadores de câmara e técnicos do canal reuniram-se num informal e animado encontro de amigos que pretendeu comemorar o final de mais um ano letivo de emissões online. Longe do estúdio e das câmaras, cerca de três dezenas de colaboradores recordaram peripécias ocorridas no último ano, orgulhosos pelo resultado final de mais dois semestres de trabalho. Após o jantar, e depois dos persistentes pedidos dos presentes, a sala do restaurante deu lugar a uma pista de dança improvisada, repleta de animação. "Foi um jantar memorável!", afirma Patrícia Pinto, aluna da Licenciatura em Ciências da Comunicação e jornalista da UTAD TV.
Jantar UTAD TV - Fotografia: Ana Isabel

A ideia do jantar surgiu entre alguns dos atuais colaboradores do canal e rapidamente o convite se endereçou também àqueles que foram os pioneiros da estação. Frederico Correia pertenceu à primeira geração UTAD TV, quando os recursos materiais eram ainda muito limitados. Atualmente jornalista do PortoCanal, Frederico revela o seu orgulho com a evolução do canal online: "[os atuais colaboradores] têm espírito de conquista, o que me apraz saber que aquele sentimento de há alguns anos ainda molda os alunos." Refere ainda que "eles mostram orgulho naquilo que fazem e vão compreendendo a necessidade de fazerem cada vez melhor", elogiando o trabalho realizado pela atual equipa de produção responsável pela programação do canal.

Jantar UTAD TV - Fotografia: Patrícia Pinto
Há cerca de 4 anos que a UTAD TV funciona como um laboratório de jornalismo da academia transmontana. Apesar de recetivos a colaboradores provenientes de qualquer área de ensino, são as licenciaturas em Ciências da Comunicação e Comunicação e Multimédia as mais envolvidas nestes projeto de sucesso. Ano após ano, surgem novas ideias e novos programas que permitem aos alunos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro um contacto real com o mundo do jornalismo televisivo.



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Notícia (redigida a 16/05/2011)



Alunos da UTAD aprendem com profissionais do jornalismo televisivo português


Os alunos da Licenciatura em Comunicação e Multimédia (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro) organizaram, na passada quinta-feira, duas palestras relacionadas com trabalho jornalístico na vertente de reportagem e documentário. Enquadradas na Weekimedia, as referidas palestras reuniram dezenas de alunos das áreas da Comunicação com um único objetivo: aprender com os testemunhos de Rita Pinho Matos, Nuno Costa e Jorge Pelicano, profissionais experientes da área do jornalismo.

Apresentação de reportagens televisivas TVI. (Fotografia: Daniela Pereira)

Nuno Costa e Rita Pinho Matos foram os primeiros palestrantes. Num workshop dedicado à reportagem televisiva, ambos deixaram o seu testemunho sobre a importância da relação de cumplicidade entre jornalista e repórter de imagem. Rita começou por descrever a sua profissão enquanto jornalista da TVI, fazendo referência aos alunos de Ciências da Comunicação da UTAD: ""Há alguns anos que alguns alunos me perguntam o que é ser jornalista (...) e dou sempre uma resposta diferente. A minha visão do jornalismo vai mudando a cada dia que passa." Afirmando que quando terminou a sua licenciatura na Universidade do Porto "não sabia nada", foram várias as dicas dadas ao presentes sobre como se integraram no mundo televisivo com profissionalismo. Nuno, mais contido nas palavras, revela a sua paixão pelo seu trabalho desde criança: "Isto foi tudo o que sempre sonhei ser!". 

Nuno Costa explica utilização do seu material de trabalho. (Fotografia: Daniela Pereira)

Através da exibição de 6 reportagens realizadas por ambos para a estação televisiva TVI, os profissionais do jornalismo deram dicas e revelaram alguns dos seus truques a uma audiência atenta do princípio ao fim. Os presentes tiveram ainda o privilégio de assistir em primeira mão à exibição de "Retrato", uma curta-metragem realizada por ambos em 2010. Descrita como "uma brincadeira de férias", Rita e Nuno referiram que se tratou da concretização de um projeto há muito pensado. No final deste workshop, os alunos da academia transmontana tiveram oportunidade de experimentar o material de trabalho do repórter de imagem, sempre com o auxílio do mesmo.

Na parte da tarde, foi a vez de Jorge Pelicano subir ao palco e dar início a um workshop dedicado ao documentário. Desta vez com lotação quase esgotada, vários alunos assistiram à apresentação de Pelicano, que deixou bem clara a sua paixão pela sua atividade profissional. Num retrato semelhante à palestra anterior, o jornalista apresentou alguns excertos dos seus documentários "Ainda há pastores?" e "Pare. Escute. Olhe.", reconhecidos a nível nacional como autênticas pérolas jornalísticas.
Jorge Pelicano, workshop sobre documentário. (Fotografia: Daniela Pereira)

No meio de muitas gargalhadas causadas pelas imagens de Hermínio,  a figura principal de "Ainda há Pastores?", Pelicano afirma que "queria sentir o povo!", motivo que o levou a experimentar esta vertente do jornalismo. Termina concluindo que "um país sem documentários é um país sem história", incentivando a audiência a experimentar este tipo de trabalhos e revelando a sua importância na consolidação a longo prazo da cultura e dos costumes de um país.






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Coluna de Citações 
Os alunos da Licenciatura em Comunicação e Multimédia (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro) organizaram, na passada quinta-feira, duas palestras com profissionais da área do jornalismo. Enquadradas na Weekimedia, as referidas palestras reuniram dezenas de alunos das áreas da Comunicação com um único objetivo: aprender com os testemunhos de profissionais experientes. Embora os lugares do auditório do Instituto Português da Juventude (Vila Real) não tenham sido todos ocupados, os presentes ouviram com atenção o que Rita Pinho Matos, Nuno Costa e Jorge Pelicano tinham a dizer, partilharam conhecimentos e colocaram dúvidas sobre as profissões e os trabalhos dos três profissionais.

Seguem-se algumas das frases que marcaram o dia: 


Rita Pinho Matos - TVI
"Há alguns anos que alguns alunos me perguntam o que é ser jornalista (...) e dou sempre uma resposta diferente. A minha visão do jornalismo vai mudando a cada dia que passa." (Sobre as abordagens feitas por alunos de Ciências da Comunicação - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.)

"Todas as regras acabam por ser quebradas (...) no exercício do jornalismo." (Sobre a questão da objetividade jornalística que não se concretiza na prática.)

"Quando acabei não sabia nada do que era ser jornalista." (Sobre a falta de preparação no ensino superior para o mundo do trabalho.)

"Senti-me mesmo como um passarinho..." (Sobre a inexperiência e falta de conhecimentos sentida aquando do início do seu estágio curricular na TVI Porto.)
"Não podem fazer uma reportagem sobre uma família de acolhimento sem se envolverem. (...) É impossível! A informação tem que ser humana." (Sobre a questão da objetividade jornalística que não se concretiza na prática.)

"Perdi o meu telemóvel na neve e senti-me mesmo orfã..." (Sobre a importância das fontes que se vão reunindo ao longo dos anos de trabalho como jornalista.)
"Não temos horários e isso é uma chatice, confesso..." (Sobre as desvantagem de ser jornalista.)

"Cada vez há maior precipitação em relação aos diretos. (...) Para nós é muito cansativo e, às vezes, aborrecido e frustrante..." (Sobre o frequente recurso a diretos nos noticiários televisivos.)



Nuno Costa - TVI
|| Nuno Costa

"Não temos vida própria, não temos rotina..." (Sobre as desvantagem de trabalhar como repórter de imagem profissional.)

"Fazemos sempre coisas diferentes, contactamos com pessoas diferentes." (Sobre o que mais o fascina na sua profissão.)

"Nós temos as nossas fontes mas claro que não as revelamos." (Sobre a importância das fontes na área do jornalismo.)

"Eu gosto de fazer diretos, é outro tipo de adrenalina. (...) É uma responsabilidade, não pode haver falhas." (Sobre o seu fascínio pelos diretos nos noticiários televisivos.) 




"Eu queria sentir o povo! (...) Queria fazer algo diferente do que faço na TV..." (Sobre o motivo pelo qual começou a fazer documentários.) 

"Nós fomos para uma casa de menina e, quando voltámos, ele era a pessoa mais feliz do mundo..." (Sobre a relação de cumplicidade que construiu com Hermínio, a personagem principal do documentário "Ainda há pastores?".)

"Eu abri a porta da intimidade dele mas, mais tarde, quis fechá-la." (Sobre a perseguição que Hermínio sofreu por parte da imprensa.)

Jorge Pelicano - SIC
"A Lili Caneças começou a falar com ele e o Hermínio devia ser a única pessoa no país que não sabia com quem estava a falar." (Sobre as aparições em público de Hermínio, após a divulgação do documentário.)

"Pediram-nos autógrafos. O Hermínio não sabe escrever..." (Sobre as aparições em público de Hermínio, após a divulgação do documentário.)

"Quando se faz reportagem de televisão, as coisas são feitas de outra maneira. (...) Eu podia fazer isto e os meus colegas não..." (Sobre a conversa gravada discretamente entre José Sócrates e António Mexia, exibida no documentário "Pare. Escute. Olhe.")

"Eu não tenho a melhor qualidade de som mas tenho a verdade." (Sobre o documentário "Pare. Escute. Olhe.")

"Os tipos da CP e da Refer pediram-me 1.503,00€ para filmar dois dias dentro de um comboio." (Sobre algumas dificuldades encontradas durante as gravações do "Pare. Escute. Olhe.")

"Um país sem documentários é um país sem história!" (Sobre a importância dos documentários na consolidação da história e dos valores culturais do país.)


|| Breve apresentação dos palestrantes:

Rita Pinho Matos tem 24 anos e é jornalista do canal televisivo TVI. Após terminar a sua Licenciatura em Ciências da Comunicação (Universidade do Porto), fez o seu estágio pedagógico-curricular na delegação TVI Porto. Em 2008, entrou para a delegação TVI Vila Real, completando a equipa de profissionais do distrito.
Nuno Costa, repórter e editor de imagem da TVI, trabalha desde 2004 em televisão. Em parceria com Rita Pinho Matos, realizou a primeira curta-metragem da autoria da mesma, intitulada "Retrato".
Jorge Pelicano, repórter de imagem da SIC, ganhou o merecido reconhecimento após o seu documentário "Ainda há pastores?", retratando uma personagem real numa comunidade esquecida e quase abandonada de pastores. "Para. Escute. Olhe." foi o seu segundo documentário, sobre os problemas políticos e culturais adjacentes ao abandono e destruição da linha do Tua.


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Coluna de Citações 

Para celebrar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o projecto Perspectiva realizou, no passado dia 3 de Maio, uma palestra intitulada "Liberdade... Liberdades de Imprensa... Liberdade de Expressão...". O evento teve lugar no Complexo Pedagógico da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e contou com a presença de várias personalidades experientes da área do jornalismo. Com um auditório repleto de pessoas atentas e curiosas, os oradores revelaram opiniões, pontos de vista e testemunhos emocionantes, deixando conselhos valiosos para todos os aspirantes a jornalistas. Eis algumas das frases que marcaram o dia.


"[Como jornalistas], para produzir a nossa liberdade temos que respeitar a liberdade dos outros." (Sobre aos abusos de liberdade verificados nos jornalistas em cenário de guerra.)

José Carlos Ramalho - Pespectiva 2011 (Fotografia: Comunicamos.org)
"Quando estamos no terreno, pensamos na nossa liberdade, mas também temos que pensar na liberdade dos outros!" (Sobre aos abusos de liberdade verificados nos jornalistas em cenário de guerra.)
 
"Houve um conflito de culturas muito grave" (Sobre uma amiga, jornalista de guerra, assassinada em serviço.)

"Não queremos jornalistas heróis." (Sobre os perigos do jornalismo de guerra.) 




"Tenho muita inveja de vocês! (...) Antes não havia universidade de jornalismo..." (Sobre a formação académica superior em jornalismo, em Portugal.)

Carlos Fino- Pespectiva 2011 (Fotografia: Comunicamos.org)
"O jornalismo é um corpo especializado, independente e tem um olhar crítico sobre todas as questões." (Sobre o jornalismo no geral.)

"A liberdade é, muitas vezes, questionada." (Sobre a censura verificada no jornalismo atual.)



"Se quiserem ser jornalistas, que o sejam com muita força e que queiram apenas ser jornalistas. Não o utilizem para chegar a outra profissão. (...) Tira a credibilidade ao jornalismo." (Sobre a falta de profissionalismo na profissão.)

"Às vezes não merecemos a liberdade que temos. (...) [A liberdade] não é algo que esteja devidamente conquistado; (...) está em permanente perigo." (Sobre aos abusos de liberdade verificados nos jornalistas em cenário de guerra.)

"Só se entende o mundo se nos levantarmos da cadeira e olharmos o mundo nos olhos." (Sobre o comodismo dos jornalistas.)
"Aborrecem-me as viagens oficiais, os casamentos das princesas..." (Crítica ao jornalismo atual.)

José Manuel Rosendo - Pespectiva 2011 (Fotografia: Comunicamos.org)

"Os Órgãos de Comunicação Social pertencem a grupos de interesse económicos." (Crítica à manipulação de conteúdos jornalísticos face a interesses económicos.) 

"Ser jornalista não vai ser fácil. (...) Ser jornalista não é ser famoso!" (Sobre as dificuldades da profissão.)
"Já vi jornalistas a entrar de casacos de pele em aviões que vão para zonas de conflito. Já vi jornalistas a vestir colete à prova de balas só para o direto. (...) Já vi jornalistas de salto alto a fazer reportagens nas vindimas. Já vi jornalistas mulheres a entrar de calções e camisolas de alças na Faixa de Gaza. (...) Só revela pouca preparação. (...) Não fizeram os trabalhos de casa." (Crítica ao jornalismo atual.)


Comunicação por telefone (António Salas) - Pespectiva 2011 (Fotografia: Comunicamos.org)


"Os jornalistas são um pouco loucos." (Sobre o jornalismo no geral.)


> João Manuel Oliveira


José Manuel Oliveira - Pespectiva 2011 (Fotografia: Comunicamos.org)


"Ele assinou a sua sentença de morte! (...) Vive sob escolta policial." (Sobre Roberto Saviano, jornalista infiltrado.)

"Viveu dez dias num manicómio; (...) trabalhou como empregada doméstica..." (Sobre o trabalho de Nellie Bly, jornalista infiltrada.)






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Notícia

I Torneio de Páscoa anima fim de semana prolongado em Faiões

A aldeia de Faiões, concelho de Chaves, foi palco do I Torneio de Páscoa destinado a naturais e residentes da povoação, na modalidade de Futsal. A iniciativa, decorrida entre os dias 22 e 25 de Abril, foi organizada pelo Centro Desportivo e Cultural de Faiões (CDC Faiões) e atraiu dezenas de visitantes ao campo da aldeia.

Equipa Vencedora do I Torneio de Páscoa (CDC Faiões) Fotografia: Daniela Pereira
Durante os quatro dias do torneio, dezenas de apoiantes deslocaram-se ao local para apoiar as 7 equipas participantes. Com idades compreendidas entre os 13 e os 56 anos, cerca de 50 jogadores de ambos os sexos defenderam a camisola num torneio amigável e repleto de divertimento. Entre risos e brincadeiras, os presentes iam gritando pelos seus favoritos enquanto aguardavam que o mau tempo que se fez sentir ao longo de todo o fim de semana não condicionasse a realização desta iniciativa. O bar improvisado, a cargo da organização, fez sucesso nos momentos mais quentes do torneio, refrescando jogadores e claques com águas, sumos e cervejas.

As equipas, divididas em dois grupos, disputaram entre si os lugares mais altos da tabela de classificação. O último jogo do torneio, realizado na tarde de segunda-feira, levou as emoções ao rubro quando as equipas “Snack-bar O Vasco” e “Cruzeiro” empataram a 5 golos, decidindo a penalties o grande campeão da aldeia. Apesar da difícil disputa entre os dois fortes candidatos ao título, a maior taça acabou por ser entregue à equipa “Cruzeiro”, vencendo por 3 bolas a 2. As restantes seis equipas participantes também levaram para casa as taças referentes às classificações do 2.º ao 7.º lugar. Foram ainda entregues três taças simbólicas, independentes da classificação final da respetiva equipa. Pedro Rodrigues recebeu a taça de guarda-redes menos batido, avaliada pelo número de golos sofridos. A taça de melhor marcador foi repartida entre Clemente Oliveira e David Ferreira, com 14 golos marcados. A equipa “Ferrugem/Reumáticos” levou ainda para casa, além da taça correspondente ao 6.º lugar, o troféu de equipa fair-play pelo espírito demonstrado por todos os jogadores no decorrer do torneio.

A organização faz um balanço final bastante positivo da iniciativa, afirmando que a adesão de jogadores e apoiantes surpreendeu as expectativas iniciais. Clemente Oliveira, membro do CDC Faiões, refere que “o povo da aldeia gosta muito de conviver e comparece sempre quando há atividades do género, dentro e fora da povoação”. Clemente salienta ainda que foi “um bom passatempo nesta época festiva”, coincidindo com o momento em que “várias pessoas que residem noutras localidades regressam à aldeia para celebrar a Páscoa em família”.

O CDC Faiões conta já com 36 anos de existência mas na última década têm-se centrado apenas na realização de encontros e passeios BTT, juntando centenas de participantes e amantes da modalidade. Em véspera de novas eleições para a presidência do clube, são muitas as promessas relativas à diversidade de iniciativas a realizar pelo mesmo nos próximos meses.











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Fotoreportagem

Ruralidades - Retrato de uma aldeia

"Até há poucos anos atrás Portugal era um país essencialmente rural, poder-se-ia dizer que não haviam pessoas nascidas no «asfalto», as pessoas nasciam na província e só depois debandavam para as grandes cidades do litoral. A relação com a ruralidade e com tudo o que tinha a ver com a terra era por demais evidente. Nos anos 60 e 70 não havia agregado familiar que migrasse para os arredores das grandes cidades que não arranjasse maneira de ter a sua horta e os seus animais domésticos, normalmente galinhas, coelhos, patos... nas hortas cultivava-se batatas, cebolas, couves, feijão verde, tomate, etc."
As aldeias lutam agora contra a desertificação. Restam os rostos cansado da gente da terra, marcados pelo tempo e por inúmeras histórias de vida. Contudo, as aldeias de Portugal são paisagens ricas no meio do nada, são cores, são animais e plantas; uma combinação quase perfeita entre o Homem e a natureza. Nesta fotoreportagem retrato isso mesmo: uma terra repleta de beleza natural que não pode ser ignorada. É o retrato de uma aldeia em pormenores que nem sempre são devidamente apreciados.



(Embora as fotografias tenham sido tiradas apenas na aldeia de Faiões (concelho de Chaves), pretendo fazer um retrato das aldeias e da vida no campo no geral, não apenas desta aldeia em específico.)



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Web-Notícia

Bombeiros preocupados com diminuição de meios


29/03/2011    16:47h


Meios aéreos poderão ser afetados com redução de verbas
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) afirmou esta terça-feira, após uma audição no Parlamento, que a redução em 20% da verba para combater os incêndios deverá afetar os meios aéreos, manifestando preocupação com o atraso na contratação destes equipamentos.

À saída de uma audição na comissão parlamentar de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Duarte Caldeira referiu que "seguramente que este impacto dos 20% será sobretudo no âmbito dos meios aéreos", tendo em consideração os valores em causa.

Em 2010, Portugal contou com 56 meios aéreos para combater os incêndios nos meses de verão e, "se tivermos em consideração esta redução, certamente iremos contar este ano com 40 e poucos meios aéreos", referiu Duarte. "Não é admissível que haja qualquer diminuição nas equipas terrestres dos bombeiros", salientou.

O vice-presidente da mesma instituição, Rui Silva, manifestou as inquietações da organização nacional de bombeiros face ao prognóstico de um verão "muito quente'' corresponder um corte nos meios de combate aos fogos.

A grande preocupação surge nos atrasos visíveis na contratação de meios aéreos para combater os incêndios florestais em 2011. Em 2010, em Janeiro "já estava em processo de selecção", este ano, "ainda nem foram lançados os concursos", o que é um atraso "muito significativo", realçou Duarte Caldeira. Segundo o mesmo, este atraso traz diversas consequências, nomeadamente ao nível do custo do aluguer dos meios necessários.

Os meios aéreos de combate a incêndios representam 46 milhões de euros no orçamento da Autoridade Nacional Protecção Civil, num total de 60 milhões de euros. A redução de 20% é "muito significativa" e "vai exigir uma reflexão muito apurada sobre a redefinição do tipo de meios e a sua localização", apontou ainda.

Milene Fernandes (milenef@letrasbaralhadas.com)



 
 Simão Velez, Presidente Federação Bombeios de Portalegre. Fonte: Rádio Portalegre



Galeria de Fotos:



 





Em 2010, os meios aéreos dos bombeiros foram essenciais no combate aos incêndios florestais.

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Reportagem 

O Entrudo de Lazarim - o Carnaval mais genuíno de Portugal


Lazarim, pequena vila do concelho de Lamego, possui intactas as tradições carnavalescas. Nesta reportagem, falamos um pouco dessas tradições centenárias e da forma como são festejadas, prevalecendo no tempo geração após geração.





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Crónica

"Parvos"?! Nós?!


Uma destas noites, numa passagem pelo “café da malta” chamado Facebook, deparei-me com um artigo no mínimo “parvo”. Alguém considera "parvos" os recém-licenciados que não conseguem emprego? Alguém considera "parvo" um estudante que trabalha dia e noite para conseguir terminar um curso? Algum de vocês acha "parvo" aquele que se sente obrigado a fazer um estágio não remunerado, na esperança de conseguir um futuro profissional mais promissor graças à experiência adquirida? Não consideram escravidão trabalhar à noite para conseguir suportar os gastos de um estágio diurno não remunerado, a tempo inteiro, pois não?
 Bem, pelos vistos Isabel Stilwell pensa mesmo assim... Tanto pensa que fez questão de publicar um artigo "parvo" sobre a geração "parva" da qual nós, os ditos "parvos", fazemos parte. 

Stilwell, diretora de um meio de comunicação português, com primos e ex-maridos de estatutos elevados, fala literalmente sem conhecimento de causa. É que é realmente muito “parvo” acusar os licenciados de gastar o dinheiro dos pais para não aprenderem nada. Acusar-nos de preguiça, de falta de força de vontade. Minha senhora, força de vontade temos nós muita! A culpa será maioritariamente nossa? É um facto que a falta de emprego e oportunidades profissionais em Portugal não se rege pela falta de habilitações ou capacidades desta “Geração à Rasca”. Rege-se sim pelas consequências que uma dita crise criada pela geração de Isabel Stilwell tem no nosso presente e futuro. Não julgamos egocentricamente que a crise foi inventada para nos tramar, dona Isabel. Tal como não julgamos que os recibos verdes, os estágios não remunerados e afins surgiram para tornar a nossa vida negra. Pensamos sim, porque conta factos não há argumentos, que esta crise económica que nos afeta diretamente é culpa de uma má gestão anterior, de uma banalização das profissões, da permissão da dita escravatura de estagiários que trabalham dia e noite a custo zero.
Estamos empolgados com o novo “hino” pois, pela primeira vez, alguém fala por nós, alguém se põe no nosso lugar e dá voz aos nossos problemas, relatando e retratando a nossa realidade atual. Fala-se em liberdade de expressão, na defesa da opinião própria, critica-se a censura... Tudo bem, somos livres para nos expressar; o nosso país (felizmente!) dita essas normas. Mas desde quando insultar uma geração inteira é uma tentativa de expressão de agrado e aprovação pública? Ah pois é...

Dias depois, encontro um texto tão ou mais “parvo” que o anterior. Numa tentativa mais de defesa pessoal do que pedido de desculpa e constatação do erro, como se diz na nossa “Geração à Rasca”, Isabel Stilwell “enterrou-se mais”. Aparentemente, tendo em conta esta segunda reflexão filosófica e irrealista da senhora, as suas ideias não são assim tão concretas e definidas. Afinal, não somos nós que somos “parvos”, o momento é que é “dramático”. Só percebeu agora, senhora Stilwell? Afinal já somos pessoas “cheias de capacidades”, não simples filhinhos da mamã. E mais importante que isso, afinal “essas dificuldades resultam da crise económica que nos afeta a todos”. A todos?! A nós “parvos” licenciados sem emprego ou em condições de trabalho precárias também?! Ah, afinal já não julgamos egocentricamente que a crise foi inventada para nos tramar pois ela trama-nos mesmo!

As milhares de críticas apontadas à jornalista, munidas de “argumentos sérios e que ajudam a pensar”, revoltaram Isabel Stilwell. O debate no “Prós e Contras” e as esmagadoras críticas e gargalhadas de que foi vítima no mesmo debate devem ter soltado ainda mais a fera. Dona Isabel, aguardamos o seu próximo editorial sobre o tema. Força nisso!



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Notícia    (redigida em 17/02/2011)

Actuais jornalistas deixam palavras de incentivo a estudantes da área 
||“Para abrir uma farmácia é preciso ser farmacêutico; para abrir um jornal pode-se ser padeiro.”Miguel Midões ||

“Jornalismo ou Jornalismos?” foi o nome dado à palestra realizada na passada terça-feira, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), organizada por docentes da licenciatura em Ciências da Comunicação. O evento teve origem na ideia de abrir as portas de uma Aula de Projeto em Jornalismo, lecionada na referida licenciatura, a todos os amantes da área e curiosos. 
 
Inês Aroso e Daniela Fonseca foram as mentoras desta iniciativa, que graças à divulgação fora da Utad e na rede social Facebook ganhou grande projeção e juntou cerca de uma centena de alunos que atentamente ouviram testemunhos de vida de Miguel Midões, Filipe Ribeiro, Frederico Correia e Arménio Santos. Os convidados, todos eles a trabalhar ativamente na área da Comunicação Social, contaram experiências e aventuras que ilustraram o seu percurso até à atualidade.
Palestra "Jornalismo ou Jornalismos?" (Utad) Fotografia: Sofia Brum

Miguel Midões, jornalista e diretor de informação da rádio Onda Livre, em Macedo de Cavaleiros, foi o primeiro orador, com um discurso otimista e de incentivo a todos aqueles que procuram seguir carreira na área. “Não se acomodem: se querem, façam” foi a frase marcante de Miguel, garantindo que só com persistência alcançou o lugar que ocupa. O segundo orador foi Filipe Ribeiro, aluno de Mestrado em Jornalismo na academia e prestes a lançar a publicação semanal “Desportivo Transmontano”. Filipe centrou o seu discurso não na precariedade da profissão mas na recessão sentida nos meios impressos, afirmando que “o jornalismo impresso precisa de um upgrade”. Seguiu-se Frederico Correia, antigo aluno de Ciências da Comunicação da academia, afirmando que o jornalismo é um vício e que qualquer jornalista vive “constantemente à procura de informação”. Atual jornalista do Porto Canal, alertou os alunos acerca da atitude a tomar na sua iniciação na vida profissional, referindo que as oportunidades surgem e “mais importante que a[s] ter é a capacidade de a[s] agarrar”. O jornalista Arménio Santos, último convidado, finalizou com um texto que refletia a sociedade atual de informação, centrada na Internet e nas redes sociais, realçando os “tempos difíceis” das publicações impressas. 

Esta não foi a primeira palestra apresentada na UTAD sobre a área mas foi a primeira vez que antigos alunos da academia se deslocaram novamente à universidade para dar o seu testemunho a atuais discentes. No final, o debate refletiu a satisfação de toda a audiência que felicitou a organização e os oradores.

Ouça as declarações dos convidados