sábado, 27 de novembro de 2010

Imprensa: O fenómeno Facebook!

"O Facebook é a rede social mais conhecida e utilizada em todo o mundo e pode destronar a líder na publicidade online Google. Em Portugal, existem mais de 2,7 milhões de utilizadores registados, o equivalente a mais de metade dos utilizadores online (54%) e a 26% da população total. O crescimento tem sido exponencial mas a proporção por sexo é semelhante: as mulheres lideram, com mais de 1,38 milhões de utilizadoras, quase mais 11 mil do que os homens. Por faixa etária, 30% têm entre 25 e 34 anos, seguindo-se com 24% os jovens entre 18 e 24 anos e, com 18%, dos 35 aos 44 anos.

Os Estados Unidos, com mais de 142 milhões de utilizadores registados, Indonésia (quase 30 milhões), Reino Unido (28 milhões), Turquia (23 milhões) e França, com 19 milhões, são os principais países deste planeta virtual, contabilizados no Facebakers.com, da empresa de marketing Candytech. Na lista dos dez primeiros seguem-se as Filipinas, Itália, Canadá, México e Índia. Mesmo o Vaticano, nos últimos lugares da tabela, conta com 860 registos no Facebook.

Esta é a parte mais visível dos mais de quinhentos utilizadores registados no Facebook. Registado significa que pode ter aderido àquela rede social mas depois desistido - apesar de a conta se manter ativa, ou que uma mesma pessoa abriu várias contas, ou que é um utilizador regular.

Qual o significado destes números para o Facebook?

Mais números: a empresa deve este ano conseguir faturar mais de mil milhões de euros em publicidade - uma média de 2€ por utilizador ou o dobro porque apenas 50% dos utilizadores acedem pelo menos uma vez por semana, salienta o Monday Notes. Este blog tentou calcular a importância económica do Facebook e acredita que esta atribui "o mais alto valor possível a duas coisas": os dados dos utilizadores e as ligações entre eles.

Nem todas as pessoas têm a mesma importância para o Facebook. Alguém registado num país como Portugal tem mais valor se estiver ligado a outros utilizadores de fora, nomeadamente em mercado com muita publicidade no Facebook.

Num novo mercado, "a participação na rede social arranca quando o número de ligações para o estrangeiro ultrapassa as ligações domésticas", refere Justin Smith, do Inside Facebook. Um português que comunica com estrangeiros, viaja e tem poder de compra significativo "tem uma séria influência no consumo da sua rede".

O Facebook sabe disso e os anunciantes também, pelo que se delinearam três grandes estratégias (...) Primeiro, o número de fãs de uma página no Facebook incrementa diretamente a ligação a essa marca. Depois, surgem funções como Like ("Gosto") ou as recomendações personalizadas e vistas pela média de amigos que cada pessoa tem no Facebook. Neste caso, a rede social revela-se um indicador de consumo online (...)Por último, (...) é a capacidade de definir alvos (targets), com parâmetros como segmentação por idade, sexo, localização e interesses.

(...) A aparentemente simples capacidade de entregar anúncios publicitários neste modelo é responsável por "metade do lucro comercial do Facebook" (...) Em paralelo, e ao contrário da Google, a rede social consegue faturar na publicidade mas também no comércio eletrónico, num ecossistema de utilizadores bastante controlado - a já referida segmentação por idade, sexo, geolocalização e interesses, enquanto a Google apenas sabe o que se pesquisa -, e falhou em propostas de criar redes sociais próprias como o Wave ou o Buzz. E se o Facebook quiser concorrer nas pesquisas, os mais de cem ex-funcionários da Google que já contratou são uma preciosa ajuda!"

Texto retirado da revista NS (30 de Outubro de 2010)

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